À espera do Copom, Ibovespa tem leve queda alinhado a bolsas no exterior
Por aqui, as expectativas do mercado ficam por conta da ansiedade pelo fim da reunião do Copom, que após o fechamento do pregão regular deverá anunciar elevação de 0,25 ponto percentual da taxa Selic, conformeprojeções do mercado.
Investidores também avaliam dados do IPC-S (Índice de Preços ao Consumidor - Semanal), o qual marcou alta da inflação de 0,36% na primeira semana de junho, valor 0,15 ponto percentual abaixo da semana anterior.
Já o IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) divulgou nesta manhã que a produção da indústria nacional reucou em nove das 14 regiões pesquisadas na passagem de março para abril, fazendo com que a média nacional registrasse queda de 2,1%.
Altas e baixas
O principal destaque negativo fica com as ações da Brasil Foods (BRFS3), que registram desvalorização de 4,44% e são cotadas a R$ 26,66. Com essa variação, a baixa acumulada desde o início do ano chega a -2,49%.
Neste momento, acontece a reunião do Cade (Conselho Administrativo de Defesa Econômica) que decidirá o futuro da fusão entre Sadia e Perdigão. Segundo pronunciamento do relator, Carlos Emmanuel Joppert Ragazzo, a fusão provocaria dificuldades na entrada de concorrentes em diversos mercados de atuação
Por outro lado, o melhor desempenho fica com os papéis da Hypermarcas (HYPE3), que são cotados a R$ 16,15 e apresentam alta de 2,93%, após a ação ter sofrido forte desvalorização nas últimas semanas com a decepção do mercado com o resultado do primeiro trimestre.
As maiores baixas dentre as ações que compõem o Ibovespa são:
|
As maiores altas dentre as ações que compõem o Ibovespa são:
|
|
Mercados externos
Nos EUA, as bolsas seguem em baixa com sessão marcada pela escassez de indicadores relevantes e fraco noticiário corporativo, o que transfere o foco para as perpectivas para os mercados de ações com o fim do QE2 (Quantitative Easing 2), no próximo dia 30, e a desaceleração da economia do país.
O tema voltou ao centro da pauta no final da tarde da última terça-feira, quando o presidente do Federal Reserve, Ben Bernanke, afirmou não ver necessidade em nova rodada de injeção de liquidez, embora reconheça que os indicadores recentes estão aquém do ideal e que a recuperação segue em ritmo frustrante.
Enquanto isso, na Europa, os principais índices de ações também registram queda, com o mercado mais uma vez pressionado pelos temores quanto a situação econômica na Grécia, bem como o discurso do presidente do Fed. Segundo a Bloomberg, o ministro de finanças da Alemanha, Wolfgang Schaeuble, defendeu uma participação dos detentores privados de títulos da dívida grega em novo pacote de ajuda para Grécia.
Câmbio e juros
O dólar comercial opera em alta de 0,25%, cotado a R$ 1,5820 na venda, em meio a preocupação dos investidores com a recuperação da economia norte-americana e a decisão do Copom no final do dia. Neste contexto, as taxas dos principais contratos de juros futuros operam próximas da estabilidade, uma vez que o mercado já precifica uma alta de 0,25 ponto percentual na taxa básica de juros.
Nenhum comentário:
Postar um comentário