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quarta-feira, 8 de junho de 2011

À espera do Copom, Ibovespa tem leve queda alinhado a bolsas no exterior

À espera do Copom, Ibovespa tem leve queda alinhado a bolsas no exterior

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08 de junho de 2011 • 14h10Por: Equipe InfoMoney

SÃO PAULO - O Ibovespa inicia a tarde desta quarta-feira (8) em leve baixa de 0,18% e atinge 63.102 pontos, com volume financeiro até o momento de R$ 1,997 bilhão. O principal índice da bolsa brasileira acompanha a trajetória de Wall Street, que ainda incorpora a decepção com o discurso de Ben Bernanke, responsável por avaliação desfavorável sobre a economia dos EUA.

Sem referências de indicadores, investidores norte-americanos também reforçam o foco sobre a crise fiscal na Grécia, conforme cresce a possibilidade de reestruturação da dívida do país. Apesar de Atenas já caminhar para um novo acordo com o FMI (Fundo Monetário Internacional), ainda há incertezas sobre a solvência do país no futuro, o que, em uma sessão escassa de referências, reforça a aversão ao risco.

Por aqui, as expectativas do mercado ficam por conta da ansiedade pelo fim da reunião do Copom, que após o fechamento do pregão regular deverá anunciar elevação de 0,25 ponto percentual da taxa Selic, conformeprojeções do mercado.

Investidores também avaliam dados do IPC-S (Índice de Preços ao Consumidor - Semanal), o qual marcou alta da inflação de 0,36% na primeira semana de junho, valor 0,15 ponto percentual abaixo da semana anterior.

Já o IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) divulgou nesta manhã que a produção da indústria nacional reucou em nove das 14 regiões pesquisadas na passagem de março para abril, fazendo com que a média nacional registrasse queda de 2,1%.

Altas e baixas
O principal destaque negativo fica com as ações da Brasil Foods (BRFS3), que registram desvalorização de 4,44% e são cotadas a R$ 26,66. Com essa variação, a baixa acumulada desde o início do ano chega a -2,49%.

Neste momento, acontece a reunião do Cade (Conselho Administrativo de Defesa Econômica) que decidirá o futuro da fusão entre Sadia e Perdigão. Segundo pronunciamento do relator, Carlos Emmanuel Joppert Ragazzo, a fusão provocaria dificuldades na entrada de concorrentes em diversos mercados de atuação

Por outro lado, o melhor desempenho fica com os papéis da Hypermarcas (HYPE3), que são cotados a R$ 16,15 e apresentam alta de 2,93%, após a ação ter sofrido forte desvalorização nas últimas semanas com a decepção do mercado com o resultado do primeiro trimestre.

As maiores baixas dentre as ações que compõem o Ibovespa são:

Cód.AtivoCot R$% Dia% AnoVol1
BRFS3BRF FOODS ON26,66-4,44-2,49112,61M
FIBR3FIBRIA ON22,25-2,20-14,989,60M
BRTO4BRASIL TELEC PN15,14-1,62+28,714,90M
TNLP3TELEMAR ON ED29,95-1,45-5,621,29M
TNLP4TELEMAR PN ED26,47-1,42+12,296,07M

As maiores altas dentre as ações que compõem o Ibovespa são:

Cód.AtivoCot R$% Dia% AnoVol1
HYPE3HYPERMARCAS ON16,15+2,93-27,9122,16M
CSAN3COSAN ON24,63+1,78-10,798,39M
BTOW3B2W VAREJO ON22,27+1,69-28,392,20M
LAME4LOJAS AMERIC PN16,30+1,31+9,1119,12M
TLPP4TELESP PN47,01+1,21+23,1810,09M
* - Lote de mil ações
1 - Em reais (K - Mil | M - Milhão | B - Bilhão)


Mercados externos
Nos EUA, as bolsas seguem em baixa com sessão marcada pela escassez de indicadores relevantes e fraco noticiário corporativo, o que transfere o foco para as perpectivas para os mercados de ações com o fim do QE2 (Quantitative Easing 2), no próximo dia 30, e a desaceleração da economia do país.

O tema voltou ao centro da pauta no final da tarde da última terça-feira, quando o presidente do Federal Reserve, Ben Bernanke, afirmou não ver necessidade em nova rodada de injeção de liquidez, embora reconheça que os indicadores recentes estão aquém do ideal e que a recuperação segue em ritmo frustrante.

Enquanto isso, na Europa, os principais índices de ações também registram queda, com o mercado mais uma vez pressionado pelos temores quanto a situação econômica na Grécia, bem como o discurso do presidente do Fed. Segundo a Bloomberg, o ministro de finanças da Alemanha, Wolfgang Schaeuble, defendeu uma participação dos detentores privados de títulos da dívida grega em novo pacote de ajuda para Grécia.

Câmbio e juros
O dólar comercial opera em alta de 0,25%, cotado a R$ 1,5820 na venda, em meio a preocupação dos investidores com a recuperação da economia norte-americana e a decisão do Copom no final do dia. Neste contexto, as taxas dos principais contratos de juros futuros operam próximas da estabilidade, uma vez que o mercado já precifica uma alta de 0,25 ponto percentual na taxa básica de juros.

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